As imagens de arquitecturas cada vez mais sofisticadas, identificadas como produtos de alta tecnologia, são-nos frequentemente apresentadas desligadas do contexto cultural e económico nos quais se inserem. Esta consideração, levou-nos a propor uma reflexão sobre o tema do uso e da relação da técnica na produção arquitectónica contemporânea.

Pôr em confronto o resultado de algumas experiencias de jovens e qualificados arquitectos em vários países europeus, pareceu-nos fundamental para evidenciar as questões colocadas pelas condições técnicas de diferentes mercados de trabalho no âmbito da arquitectura contemporânea e a forma como estas se vão alterando, regenerando, reinventando, em função da exigência e necessidade do homem concretizar desejos e vontades através do espaço construído.

Consideramos fundamental reafirmar a instrumentalidade da técnica no processo de construção da arquitectura e da qualificação do espaço urbano, como processo que contraria a superficialidade alucinante das tendências caóticas e desordenadas propostas pelo mercado efémero da moda.