Bibliografia, p. 271-286

O Sanatório, como programa específico para o combate à tuberculose, agiu para anular a presença da doença tendo em vista uma vida mais saudável, contribuindo para consolidar uma consciência moderna do corpo, da higiene e do habitar.

O programa terapêutico confundiu-se com os manifestos pela transformação das cidades, despoletando a invenção de novas soluções tecnológicas e construtivas. Joaquim Ferreira Alves, desde a sua formação na Escola Médica do Porto estava atento à Helioterapia que Auguste Rollier tinha apurado em Leysin, na Suíça, para curar crianças com Tuberculose Óssea. A Clínica Heliântia de Francelos, a grande realização sonhada e concretizada por Ferreira Alves nos pinhais da costa Atlântica em 1929, inseria-se num contexto internacional de trocas e experiências terapêuticas e arquitectónicas.

Este livro, apoiado em materiais de arquivos portugueses e suíços, ensaia esclarecer as relações entre os dois médicos, seja nas viagens do médico português e no efeito que elas produziram no seu arquitecto Francisco de Oliveira Ferreira, seja em outros exemplos construídos.